terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Escritores Nutella desembarcam em Cuba.

Escritores Nutella desembarcam em Cuba.
Escritores raiz permanecem em Natal.
PDF 851



Escritor nutella viaja de avião, enquanto escritor raiz, só viaja de busão.

Um escritor para ser raiz, precisa estar atento ao que acontece nas ruas e quais os memes estão em voga no momento; o escritor nutella passa batido. E com o último meme encontrado em redes sociais, não foi possível deixar de lembrar de alguns escritores nutella. E na tal cidade onde ainda se diz, que em uma determinada época, havia um poeta em cada rua e em cada esquina um jornal. Hoje com poucos jornais, já não há mais gazeteiros nas esquinas. Os poetas saíram de casa e buscaram outras alternativas, para expor seus trabalhos. Longe dos ouvidos mas ao alcance dos olhos, na palma da mão..


Na tal cidade os aviões deixam rastros no céu (trilhas de condensação), em direção ao seus destinos, deixando a cidade para trás, com alguma comunicação com a torre. O escritor nutella precisa de um outro porto e outro aeroporto. além da tal cidade esquecida. Uma cidade formada por dunas, que modificam a paisagem com os ventos. Modificam as ideias constantemente, igual ao vento. O escritor raiz, enxerga o mundo a partir do lugar onde pisa, mesmo que as areias entrem nos olhos, mesmo que o vento mude de direção, trazendo chuva e inundação.


Um grupo de escritores na onda nutella viajou para a ilha de Fidel, enquanto outros escritores ficaram fortalecendo uma raiz. No momento que a cidade de Natal vai perdendento suas últimas livrarias, escritores embarcam para mostrar seus trabalhos em uma feira no outro hemisfério do mundo, Em Natal perdeu-se a livraria que tinha um foco na literatura local, um forte argumento para ganhar um prêmio Nobel local. A outra livraria ainda existente, vem sendo cobiçada pela rede Amazon, e os escritores partem para uma saraivada em outro continente.


Não foram disputar torneios e olimpíadas, parecem piadas, mas viajaram de Gol ou de Copa. E na falta de um HUB que levaria a todos os lugares do mundo, foram obrigados a embarcar em Recife, com o primeiro trajeto percorrido de ônibus, até chegar no aeroporto pernambucano que tem contato com o mundo. Na história, ali também se instalaram os holandeses. No RN só ficaram botijas.


Um grupo de escritores viajou na maionese com destino a ilha de Cuba. Foram em Cuba lançar um livro com seus escritos, em prosas e versos com direito a bilíngue. Levaram na bagagem outros livros, e dentro de um mesmo livro, outros autores potiguares. Saíram com o compromisso de divulgar a obra do paquiderme norte riograndense, recusaram as feiras do Carrasco e do Alecrim, ou até das Rocas. Não quiseram saber  sobre FLIN, ou FLIQ, nem Flipipa. Não optaram pela FLIP,  queriam a feira do país limitado a uma Ilha. Uma ilha maior que seus quintais, na fazenda asfaltada.


E agora lembramos do grupo Língua de Trapo, parafraseando uma música, com detalhes comunistas. Viajaram para Cuba, e ao invés de estudar e pesquisar sobre a luta armada, foram mostrar seus livros com versos para a namorada. Foram no comportamento simbólico da liga da igreja católica, enquanto outros ficaram na linha da Opus Dei. Infelizmente não pude, não pude jantar com vocês no Maksoud.


Escritor nutella viaja para outro país para apresentar seus livros. Escritor raiz fica na cidade, criando ideias, escrevendo em postagens de redes sociais, ao menos uma frase. E se não tivesse internet escreveria em um guardanapo. Em um papel de caderno, faria uma gaivota e jogaria pela janela, divulgando o seu trabalho. Escritor nutella precisa de um livro para ver seu trabalho concluído e reconhecido. Escritor raiz escreve em blogs e redes sociais, para ver seu trabalho acessível a todos, na palma da mão inclusive, mudando as páginas com auxílio dos dedos, igual em um livro..


Aguardemos o retorno do grupo para contar suas histórias e suas experiências. Contar sobre suas doses de mojito, permitindo falar fluentemente o castelhano em ambiente cubano. Contar em quais países agora são conhecido os seus livros. Apesar das tecnologias e da possibilidade de participar de feiras internacionais, existem coisas do oculto, que podem ser resolvidas no caldeirão da própria casa; ou podem ser encomendado com o uso de um voodoo.


“No creo en brujas, pero que las hay, las hay"


Texto para Substantivo Plural

http://www.substantivoplural.com.br/escritores-nutella-desembarcam-em-cuba/

Substantivo Plural


Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 14/02/2017

Roberto Cardoso Maracajá


Roberto Cardoso Maracajá
Reiki Master & Karuna Reiki Master

News Letter MARACAJÁ

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Feb 9th, 2017

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A morte da fiel escudeira

A morte da fiel escudeira
PDF 835


Morreu Dona Marisa Letícia, a fiel escudeira de Lula, o escudo de sua vida e de sua história. Durante o seu processo de internação hospitalar e de passagem, suas últimas condições de escudo. Serviu de escudo nas redes sociais. Indignados com Lula atiraram pedras em Dona Marise, pedras simbolizadas por palavras, e todas bateram no escudo. Lula não foi atingido.


Um escudo, um anteparo, desde o tempo de sindicatos. Desde as reuniões em uma garagem, parte de uma casa popular, não usada. Segundo depoimento de fontes iniciais, não oficiais, de alguém que estava por perto, o embrião do PT surgiu a partir de reuniões em uma garagem. Garagem esta que fazia parte da casa do casal Lula e Marisa, que na época não possuía carro. E a garagem adquiriu a condição de diretório inicial. Um diretório de ideias enquanto o partido não era fundado. E dona Marisa estava ali como esposa de Lula e como aliada do partido em organização. Estendia os serviços da casa para um grupo de políticos: ativistas, lideranças e sindicalistas. Fazia o serviço de água e café,  fazia o receptivo. E não poderia estar ou ficar alheia às discussões das pautas. Fez o serviço de hospitaleira, noitadas aconteciam após as reuniões. Poderia ter voz mas não tinha voto nas reuniões. E mágoas começaram a ser acumuladas. Lula evoluiu no quadro social e político, esquecendo dos estudos. E ela sempre ocupando a função de companheira e de esposa. Ela tentou estudar mas foi impedida pelo esposo. E fica lançada uma dúvida, do não querer de Lula e por mágoas adquiridas pela esposa.


Lula lutou, batalhou, adquiriu ganhos e perdas; perdeu um dedo. E Marisa estava a seu lado, e sempre do seu lado para dividir e ouvir problemas. Por vezes e sempre, é o líder que se expõe, e é quem esperamos ou imaginamos, que seja o primeiro a adoecer. E Lula adquiriu um câncer, a revolta das células, que parece ter sido superado. E o mesmo aconteceu com Dilma, sua sucessora, com mandato dobrado. Mas por muitas das vezes é o parceiro quem adoece, quem adquire as neuroses, nem sempre apresentadas. Por suportar todos os problemas, por ser o apoio da carga. Por suportar problemas e as cargas que não são vistos ou percebidos, e não podem ser anunciados por fofocas e pela mídia.


Lula deixou de ser sindicalista, líder de um grupo específico de trabalhadores, para disputar a condição de ser presidente da nação. O sindicato Solidariedade, a Glasnost e a Perestroika de uma época, devem ter sido suas maiores inspirações. E o líder de grupo polaco chamado Lech Walesa, pode ter sido seu ídolo. Em determinadas épocas quando se alterava as ideias da população e dos trabalhadores na Europa e na Polônia. Trocou a vodka dos países frios, pela cachaça brasileira. Copiou argumentos, comportamentos e hábitos, na formação e construção de um símbolo e suas ideias. Adotou o uso do vermelho, como bandeira, símbolo de revoluções e símbolo comunista. A cor do sangue que rege a vida e controla o cérebro, a união do corpo com a cabeça, atos e ideias. Não estudou as teorias de poder, mas soube interpretar a sociedade.


As preocupações e as mágoas foram se acumulando com o tempo, por muito ouvir e pouco falar, e por muito pensar, seu cérebro produziu um aneurisma, afirmado pela medicina como uma má formação. A formação de seu corpo e a formação de sua vida Circulavam ideias em sua mente e estagnaram o caminho do sangue, produzindo sinapses, de pensamentos e ideias sobre um mundo político que não fazia parte, apenas funcionava como escudo. Sangue é vida e liberdade, e veias dão o fluxo a vida e ao sangue. E um aneurisma seriam suas vontades e ideias estagnadas, com um risco de rompimento, a qualquer momento.  Assim como seu casamento sempre estava em risco de ser rompido.


Estava presente nas solenidades, para mostrar que eram um casal perfeito, com um lar e uma casa, tinham filhos. O estereótipo da sociedade, desejado pelo eleitor. Um casal equilibrado, semelhante a tantos outros, que continuam anônimos. E agora a vida de um ex presidente, com a vida vasculhada, trouxe mais preocupações as que já estavam acumuladas, E o escudo foi se tornando cada vez mais vulnerável.


O guerreiro perdeu seu escudo. Perdeu seu par perante a sociedade. Depois de muitas lutas e muitas defesas, o escudo foi se tornando cada vez mais frágil. Rompeu um aneurisma que já estava detectado e com um futuro diagnosticado pela  medicina. Antes de morrer, a última tentativa do organismo, apagar os pensamentos. E os aparelhos conectados a seu lado mostravam uma inatividade cerebral, prenunciando a morte, E aos poucos outras partes do seu organismo foram se desligando, dos problemas e da vida. Uma vida que já estava marcada pela pele intemperizada, fora os sinais na face. A face que sempre se expressa em tudo na vida, alegria ou tristezas deixando marcas no rosto, como um histórico de vida.


O inchaço e a pressão craniana aumentaram. Depois do AVC hemorrágico, que não era isquêmico, como um bloqueio, quando ainda era possível promover um desbloqueio com medicação e novas ideias. Era um AVC-H (acidente vascular cerebral hemorrágico), um nome técnico para o popular derrame. Depois de tudo derramado, era melhor abandonar tudo, assim entendeu sua alma.


A notícia da doação dos órgãos da falecida, cria algumas ideias e hipóteses. Os órgãos deverão ser analisados em um investigação post-mortem, pela anatomia e pela fisiologia, para identificar as condições de serem reutilizados. Mas as mágoas e preocupações ficaram impressas nas células “comportamentais”, uma condição que não pode ser avaliada.


A morte da fiel escudeira
PDF 835



Texto em
http://www.substantivoplural.com.br/morte-da-fiel-escudeira/

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Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
Membro Efetivo do IHGRN (Instituto Histórico e Geográfico do RN)
Membro efetivo do INRG (Instituto Norte Riograndense de Genealogia)


Em 03/02/2017
Texto enviado para Substantivo Plural